17 de jul. de 2008

poema

Mãos, pés, lábios,
Uma dança romântica, frenética,
Confundindo a sabedoria dos maiores sábios,
O calor do pecado invadindo uma alma,
O corpo transpirando o cheiro suave do pecado.
Como é agradável o pecado para a natureza humana!
O que seria dos homens se ele não existisse?
Mortais confusos pelo próprio prazer,
Que prazer há maior do que o de amar?

Lagrimas, dor...
É o que restou do amor que a pobre alma da pequena menina sentiu,
A menina do cheiro suave e olhos negros,
De pele clara, suave com um sabor indescritível,
Ah...
Como queria que fosse eu o seu amado, menina,
Como desejei sua cabeça repousando sobre meu peito,
E você envolta em meus braços, se sentindo na segurança de um casulo,
Seus lábios...Sonhei todas a noites com o sabor deles,
(como as noites parecem mais frias longe de quem amamos)

Ainda hoje sofro porque não me amaste,
E você frágil menina...
Pobre...
Quanta dó de você senti...
Chorastes todas a noites... Simplesmente por não ter me amado.
Descansa em paz esta noite pequena menina...
Eu descanso em paz menina...
Pois não sou capaz de tirar a dor que sinto do meu peito,
Mas, não somos culpados pelo amor que sentimos,
Sofremos, porque somos réus da vida cruel...
Não se preocupe pobre menina,
Estas são as primeiras, as primeiras lágrimas de muitas noites que virão...



(Henrique Rosa Nunes)

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