25 de fev. de 2013

não

Eu deveria usar estas linha para descrever amores vividos, mas, todos os anos que já se foram, apenas amores platônicos tem assolado a mente que despeja essas letras. talvez eu deveria escrever sobre minha mão deslizando dobre a pele branca, apertando-a, invadindo-a, beijando-a, isso no entanto, tem sido utopia. Eu deveria escrever sobre olhos contemplando a esfinge, enquanto ela me olha nos olhos, um calafrios percorrendo a espinha de forma espiral, quando os olhos perfuram minhas pupilas, e no silencio, as palavras cortam o vento como um tiro certeiro; "decifra-me ou devoro-te". eu , ainda poderia escrever , sobre as noites sem dormir, nem tantos pelas que sou obrigado, mais por aquelas em que seus olhos me assombram , ou, ou ainda escrever sobre como  não sei responder a simples pergunta; " você está bem ?". mas, não escreverei sobre nada disso, meu coração corrompido pela realidade, apenas deseja cuspir sobre o papel em branco, palavras que sirvam como mera fuga de um homem assaltado por sentimentos abstratos, vivendo a realidade, onde a ilusão ainda persiste.

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