28 de fev. de 2013

não há titulos para pertubações que nos perseguem madrugada a dentro

não sei mais onde a loucura pode chegar, ainda tenho a madrugada inteira pra saber, talvez o restante do dia, do mês, ou até mesmo da vida(embora eu não saiba quanto tempo é isso), a válvula de escape, a fuga da solidão de alguem, a doença mal curada no peito de alguem, as vezes me lembro de momentos alegres e todos eles pressos no passado, a merda do tempo, que dizem ser remédio para tudo, ainda não me remediou, e de tudo quando é lado, as paredes parecem me comprimir para dentro de mim, medo, angustia, e um monte de palavras  que caem de meus olhos, sorrisos amarelado pelo cigarros, escondendo sentimentos desconhecidos, e nem sempre alegres, um ano a mais , um menos, tanto faz só do hoje, e hoje tá foda, não a cigarro que libere serotonina e dopamina suficiente, não existe coca-cola suficientemente gelada para refrescar um peito em chamas...silencio...tudo quieto do lado de fora, tudo tão perturbado do lado de dentro...eu sou mais o cara triste que escreve que o bobo da corte que os outros riem, a única coisa em comum aos dois é a loucura, mas, de fato sou os dois, isso para muitos é difícil de entender, pois, antes de dormir, e logo quando acordam, montam seus personagens patéticos e saem por ai, com o passar do tempo a se perdem...talvez eu seja o patético, o palhaço dualista perdido no circo da própria mente, matando  e revivendo pensamentos e lembranças...os carros passam, os ratos passam, e nem sei mais o que sobrou do que um dia fui, estou perdido em meu próprio caminho, mas, ao menos estou em meu caminho, meus medos, bem, ele não está ligado necessariamente a vida ou coisa e tal, meu maior medo e de que lagrimas escorram de meus olhos, diabos, quantas vezes não empurrei cada gota salgada com o dedo para dentro da pupila? sim escrever é minha fuga, meu refugio, não consigo acretidar nas pessoas, elas parecem viver sempre em contradições, em suas próprias palavras, em suas ações...o que faço? vivo, apenas vivo, não penso mais no amanhã, acordo fumo meu cigarro, tomo meu café, vejo filmes, leio livros, ouço musicas, fumo um baseado, trabalho, volto pra casa, durmo, e quase nunca sonho, ou pelo menos raramente lembro deles, e quando lembro de um deles, bem...é apenas um sonho...as vezes me vejo na vida como um rato pego pela ratoeira...já passei por todo o processo do desespero kieergardiano, estou bem em ser eu novamente, e não sei quais caminhos tomar, e nem quero saber...apenas vou vivendo...sendo sincero comigo mesmo, já que ser sincero com os outros parece ser um puta de um defeito...sou meu próprio tormento, sou o motivo da minha própria falta de paz, o meu maior problema não esta lá fora. tenho dias inteiros de paz, e outros tantos insuportaveis,pelo simples fato de pensar...os ratos se alimentam de restos nos corredores, e não sou eu que me alimentarei de restos de amor e paz alheios a mim mesmo, não sou eu que serei uma válvula de escape, não sou eu o salvador que precisa ser salvo tal qual o messias cristão...serei apenas eu, embora muitas vezes eu não saiba que isso signifique...

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