15 de out. de 2010

esta noite


É como se uma bala perdida acertasse minhas costas de repente, me rendo a morte, e vendo minha alma ao acaso...minha tristeza se esconde atrás de um sorriso ensaiado horas antes no espelho, a merda do mesmo espelho em que parei, olhei pra mim e chorei por varias vezes. Quantas lagrimas não aprisionei nos meus olhos só este mês, e quantas não estou prendendo agora, parece sempre a mesma coisa. Quantas vezes não quis fugir, não do mundo, mais de mim mesmo, e como eu não queria fugir agora...O mundo parece mais cru a cada bituca arremessada ao ar, como eu queria ser uma bituca as vezes. Quantos sonhos não se acabaram como copos de cerveja, me pergunto onde estou, e que sonhos de fato restaram, quantas pretensões não joguei em um lixo qualquer de uma esquina qualquer, antes sonhava em publicar um livro, hoje apenas escrevo pra compartilhar a dor com aqueles que lêem tudo isso, e também sentem um dor semelhante, nem um grito pode ser ouvido, e também não quero gritar, mesmo se eu tivesse força para tal. Antes queria que o mundo me notasse, hoje fico feliz a cada vez que ele me esquece...acordo olhos pro meu livros, cd’s,dvd’s, olho pro meu computador com quem já dividi muito de minhas dores, olho tudo que me cerca em meu quarto, e a única coisa quero é um copo de café e um cigarro, acho que poderia morrer assim. Penso como será minha morte, sozinho em um quarto úmido, cercado dos livros, cd’s, dvd’s, bitucas, pontas, garrafas já vazia de cerveja, um corpo achado depois de uns dias, e eu ainda não sei se isso me alivia ou me assusta...sempre serei o cara que quase deu certo, ma, foda-se dou certo do meu jeito, mesmo errado, não há deuses para me julgar, não a beijos doces para eu beijar, no entanto, ainda tenho meu cigarro acesso. Queria ser tanto, que hoje não sou nada e isso já é tanto. As vezes me sinto um Werther, outras um Bukowski bêbado em algum canto sujo, em outras oportunidades sou apenas aquele velho sonho anarquista que não aconteceu, e agora quando meus dedos dançam ou som de uma musica triste, não sou porra nenhuma, e é o que sou, porra nenhuma, e sou tudo, só por não ser porra nenhuma. Eu queria gostar de alguém e que se alguém gostasse de mim...mais em um lugar tão devastado como meu peito é, difícil seria acretidar que exista amor, em um deserto, água é utopias. Eu queria ser feliz, apenas isso, ser feliz, caralho será que é demais querer um pouco de felicidade. Mais as pessoas que se dizem felizes parecem tão hipócrita...a beleza melhor colocar essa historia de felicidade como ultimo item na minha lista de afazeres, lista inútil, nunca faço porra nenhuma dessa lista. Agora deixa eu pensar um pouco..............um pouco mais de tempo...um pouco mais de vida, um pouco mais de mim, algo no meu peito quer me fazer chorar, e o foda é que não faço a mínima idéia do que seja...mas me sinto assim...triste por ser eu, e feliz por você não ser eu.Só sei que quero mais um cigarro e outra cerveja.

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